quinta-feira, 11 de abril de 2013

FEUDALISMO


·         Séc. IV à IX – Alta Idade Média: Invasões bárbaras, principalmente os germânicos.
·         Séc. X à XIII – Idade Média Central:  Poder se fragmenta (se divide) e contribuem para o estabelecimento e consolidação do feudalismo.
·         Séc. XIV à XV – Baixa Idade Média: Crise no feudalismo, com rebeliões camponesas e centralização do poder nas mãos dos reis.
Relação entre suserania e vassalagem
Para obter proteção, os nobres, e também o rei, confiavam terras (feudos) a um vassalo. Esse nobre, em troca de terra, estabelecia uma relação de fidelidade e ficava obrigado à prestação de fidelidade e ficava obrigado à prestação de serviços militares àquele que lhe cedeu a terra, seu suserano. O feudo consistia na doação de um bem para que o vassalo tirasse dele sua renda. O feudo mais comum era uma porção de terra, mas existiam outros tipos, como o direito de exploração de pontes ou ainda o pagamento de uma quantia em dinheiro. Criava se entre suserania e vassalagem uma relação de fidelidade e dependência: o vassalo aconselhava o suserano, ajudava o militar e financeiramente; o suserano protegia o vassalo e o feudo. Os vassalos também podiam tornar se suseranos de outros vassalos, cedendo lhes um feudo menor que o seu. Os senhores que recebiam as terras diretamente do rei consideravam se seus pares, eram iguais a ele.  Na sociedade medieval havia aqueles que nasciam para orar, ou seja, pessoas que nasciam e cresciam sendo preparados para seguir a vida clerical (clero, igreja), haviam também aqueles que nasciam para guerrear, ou seja, filhos de nobres, geralmente dos patrícios (grandes proprietários romanos) ou guerreiros germânicos, que a partir do 10 anos já aprendia a montar e caçar a cavalo, além de manejar lanças e clavas, entre outras armas e por fim aqueles que nasceram para trabalhar, ou seja, os servos, sendo esses camponeses  ( a maioria ), também artesãos, ceramistas, ferreiros, carpinteiros, taberneiros, marinheiros, pescadores, artistas e músicos.  O feudo era uma grande propriedade rural dividida em três partes: manso senhorial, os castelos (residência do Sr. Feudal), os moinhos, o forno e a forja, ali também se encontravam as terras cultivadas pelos camponeses para o sustento da família senhorial; o manso servil, composto por terras arrendadas aos camponeses, de onde tiravam a subsistência de sua família. Entregavam parte da produção aos senhores; e as terras comunais, formado por florestas, bosques e pastos. Para defender se de invasão estrangeiras e bandidos que saquearam suas terras e maltratavam suas famílias, os servos punham se sob a proteção de um nobre proprietário de terras. Em troca, prestavam lhe um juramento de fidelidade e passavam a dever lhe uma série de obrigações e taxas. A prestação obrigatória de serviços chamava se corveia e consistia em dedicar dois ou três dias da semana ao trabalho nas terras do senhor na construção de estradas e pontes. Para utilizar equipamentos como os moinhos, a prensa, a forja ou o forno, o camponês pagava a banalidade. A mão morta é outro imposto que a família do servo paga caso o servo venha a falecer.  O imposto chamado talha fazia com que parte da produção camponesa fosse entregue ao senhor. Os vilões eram camponeses livres que podiam circular livremente, inclusive mudar de senhorio. Suas obrigações eram estabelecidas por contrato de trabalho, pagavam alguma taxa e, em geral, possuíam seus próprios instrumentos de trabalho e alguns animais. O filho mais velho do camponês tinha seu destino traçado: auxiliar o pai para mais tarde sucedê-lo.  No século XI, à medida que as invasões de povos do norte da Europa foram cessando, ocorreu na Europa ocidental grande aumento populacional. O crescimento da população permitiu que os senhores feudais aumentassem suas rendas, uma vez que se ampliou significativamente o número de servos. É pela exploração do trabalho servil que a riqueza do senhor se constitui no feudalismo. A nova situação exigiu que ampliasse a área cultivada para suprir as necessidades de alimento e vestuário do número crescente de pessoas. Para tanto, derrubaram se muitas florestas, pois os avanços técnicos (novo tipo de arado, novo modo de arrear os animais, rodízio de cultivos nos campos) não foram suficientes para que os agricultores produzissem mais na mesma área de terra. Assim, quando o solo perdia sua fertilidade, eles iam em busca de novas terras, destruindo mais áreas de floresta. Isso não ocorreu  sem provocar desequilíbrio ecológicos, como a modificação do regime das águas, a extinção de espécies animais e alteração de temperatura, acentuando se o calor no verão e o frio no inverno. A peste negra, trazida por navios mercantes na região do Mar Negro, disseminou se rapidamente em consequência das precárias condições de higiene e saúde que estava submetida a população europeia.  Não podemos, contudo, explicar a crise do feudalismo apenas pela ocorrência da peste negra e pela escassa oferta de alimentos nos mercados. Desde pelo menos o século XII, já vinham ocorrendo transformações nas relações entre senhores e servos. Com o crescimento do comércio, os senhores feudais passaram a ter mais acesso às mercadorias de luxo vindas do Oriente. Para comprá-las, era necessário dinheiro. Por isso o pagamento de obrigações e taxas, como a corveia e talha, passou a ser feito apenas em dinheiro, e não mais em produtos. Nos séculos seguintes, esse processo continuaria, em diferentes intensidades, em várias partes do continente europeu.




O ESPÍRITO DAS CRUZADAS
As cruzadas foram expedições militares realizadas entre os séculos XI e XIII, promovidas pela Igreja Católica com o objetivo de combater os não cristãos, pois eram consideradas inimigos infiéis.
 



Mas que relação  existe entre a busca cristã de um paraíso terrestre e o espírito das Cruzadas?
Em 1905, o papa inaugurou a primeira Cruzada dizendo que “a todos os que partirem e morrerem no caminho, em terra ou mar, ou que perderem a vida combatendo os pagãos, será concedida a remissão dos pecados”. O papa afirmava ainda: “A terra que habitam é estreita e miserável, mas no território sagrado do Oriente há extensões de onde jorram leite e mel”. Assim, pode-se dizer que participar de um Cruzada, cavalgar, navegar ou caminhar até o Oriente, colocar a vida em risco, enfrentar a guerra e o medo seriam formas de estar mais próximo da salvação, do ideal de retorno ao paraíso do qual o homem teria sido expulso. O historiador Hilário Franco Junior  faz a seguinte relação entre o espírito de cruzadas e a mentalidade medieval: “Deus é o senhor do mundo e os homens como seus vassalos devem servi-lo, recuperando as regiões roubadas pelos infiéis, pagãos e heréticos; a Cruzada é exercício de penitentes, de pecadores buscando indulgência.
A primeira Cruzada, formada por nobre e comandada pelo próprio papa, partiu em 1906 com destino a Jerusalém, onde chegou em 1099, depois de atravessar grande parte da Europa pela via terrestre. Os cristãos conseguiram conquistar Jerusalém, que depois seria retomada pelos muçulmanos. O quadro a seguir sintetiza os objetivos de cada uma das Cruzadas, o objetivo da maioria das Cruzadas era lutar contra os muçulmanos, considerados infiéis cristãos. O espírito das Cruzadas sobreviveu por séculos no homem europeu. As viagens que resultaram na sua chegada à América não pretendiam somente buscar riquezas, mas mergulhar no desconhecido, na perigosa aventura de enfrentar o mar para encontrar, quem sabe, o paraíso.  





segunda-feira, 8 de abril de 2013


 #Ai galera dos 3ºs anos, não haverá aula na quarta feira dia 10/4, se vocês desejarem saber a nota da avaliação envie o seu número e série com e-mail que eu envio sua nota...nossa próxima aula ocorrerá dia 15/4, até lá!!!

# Para 7ª série A, entrega do questionário na segunda feira dia (15/04), espero que o filme tenha sido agradável...bjs




quinta-feira, 4 de abril de 2013

Processo de colonização à independência dos EUA.




As tribos da América do Norte
Enquanto astecas e incas criaram sociedades complexas e Estados altamente centralizados, a América do Norte era ocupada por tribos nômades e seminômades, que viviam principalmente da caça ao bisão, da pesca e, em alguns casos, da agricultura de queimadas.
Por volta do século XVI, viviam na região povos como os Apaches, Sioux, Navajos, Comanches, Moicanos, Iroqueses e outros. Juntos, eles totalizavam cerca de 10 milhões de pessoas, distribuídas por dezenas de grupos linguísticos e centenas de tribos.
De modo geral, os indígenas norte americanos não conheciam os metais e praticavam trabalhos bastantes rústicos de cerâmica e tecelagem.Como moradia, usavam principalmente tendas de peles em forma de cones. Em alguns lugares, como no Canadá atual, erguiam casas de troncos; já no sudeste dos atuais Estados Unidos, chegaram a construir aldeias com edificações de tijolos de argila crua secada ao sol (adobe).

A colonização Inglesa na América do Norte

A colonização da América do Norte foi inicialmente fruto da ação individual de vários grupos que estavam fugindo das atribulações de ordem social, política e religiosa que assolava o Norte da Europa especialmente a Inglaterra.
Em fins do século XVI sob o comando da rainha Elisabeth I que governou entre 1558 e 1603 e que desenvolveu uma agressiva política de incentivo a pirataria, os piratas a serviço da coroa inglesa eram chamados de corsários e recebiam proteção do estado Inglês e, contrabando no caribe.
Estas ações terminaram por desencadear um conflito armado em 1588, tendo a Inglaterra vencendo com a destruição da frota espanhola que era denominada de “a Invencível Armada”.
No início do século XVII foram criadas na Inglaterra bem como na Holanda várias companhias de comércio que visavam ampliar a sua participação no comércio colonial que Portugal e Espanha haviam montado desde fins do século XV.
Estas companhias de comércio terminaram por incentivar a imigração de colonos que passaram a ocupar as terras da Espanha na América do Norte dando início à colonização inglesa na América foram criadas treze colônias que terminaram assumindo características diferentes resultando em dois tipos de colônias. Um tipo era a de povoamento e o outro era a de exploração.
As colônias de exploração fundadas por companhias de comércio ou por ação do governo inglês foram criadas dentro dos moldes das colônias ibéricas e limitadas nas suas ações por um pacto colonial.
Já as colônias de povoamento por terem sido organizadas por comunidades familiares e/ou por grupos religiosos que haviam fugido da Europa terminaram estabelecendo as bases de uma intensa atividade manufatureira que viria predominar na porção Norte destas colônias.
Não podemos esquecer de dizer que o regime de propriedade da terra também era diferente entre as colônias indo da pequena propriedade que era trabalhada pelos membros da família e alguns empregados ou agregados (assista ao filme As Bruxas de Salém) até a grande propriedade com a mão-de-obra sendo relegada aos escravos africanos.
Um conjunto de problemas internos envolvendo a disputa pelo controle do Estado entre a burguesia e a nobreza (revolução puritana de 1641 e revolução gloriosa de 1688) terminou criando uma certa situação de autonomia para que as colônias pudessem desenvolver atividades comerciais.
Especialmente as do norte (povoamento) que, devido as suas características, possuíam meios e produtos para comercializar com o Caribe vendendo manufaturados diversos, peles, escravos - que eram comprados dos portugueses e revendidos aos colonos da Espanha - e comprando açúcar entre outros produtos tropicais.
Este processo vai permitir ao mesmo tempo a participação da Inglaterra nas atividades mercantis da época e para os colonos a possibilidade de criar o seu próprio modo de vida, fato este que teve uma importância fundamental no futuro da região.
As Treze Colônias
A partir da colônia de Massachussets, núcleo da Nova Inglaterra, formaram-se as colônias de Rhode Island (1644), Connecticut (1662) e New Hampshire, reconhecida em 1679. Ao mesmo tempo, tinha início a ocupação do Sul: em 1632, Lord Baltimore fundou a colônia de Maryland — refúgio para os católicos perseguidos na Inglaterra; em 1663, surgia a Carolina, que no século XVIII seria dividida em duas colônias (Carolina do Sul e Carolina do Norte). A Geórgia, no extremo Sul da ocupação inglesa, só foi povoada em 1729 por presos por dívidas que para lá eram enviados. As colônias do centro, Nova York, New Jersey, Delaware e Pensilvânia, surgiriam um pouco depois, uma vez que a coroa inglesa transformou essa faixa do território em terra de ninguém, visando evitar conflitos entre nortistas e sulistas. No processo de estabelecimento das colônias centrais, destacou-se a figura de Wlliam Penn, fundador da Pensilvânia e de Delaware.
Desde cedo, a colonização da faixa atlântica dos EUA apresentou diferenças essenciais: no Norte e no Centro desenvolveram-se as colônias de povoamento, enquanto Sul, as colônias de exploração.
A incursão dos ingleses no processo de colonização do continente americano conta com determinadas particularidades que o difere sensivelmente da experiência colonial promovida por portugueses e espanhóis. Entre outras razões, podemos apontar o processo tardio de colonização, a natureza espontânea da ocupação dos territórios e as características do litoral norte-americano como pontos fundamentais na compreensão da colonização inglesa.
No governo da rainha Elizabeth I (1558 – 1603), a Inglaterra ingressou na economia mercantilista ao investir na construção de novas embarcações e no comércio marítimo. Nesse contexto, a pirataria se tornou uma importante fonte de lucros sustentada no assalto de navios espanhóis que saíam do Caribe com destino à Europa. Nesse mesmo período tentaram empreender a colonização de região norte-americana com a organização de três expedições comandadas por Walter Raleigh.

O insucesso dessas primeiras expedições só foi revertido com a criação da colônia de Virgínia, em 1607. Depois disso, o processo de colonização britânico ganhou força com a política de cerceamentos, que expulsou os pequenos agricultores de suas propriedades, forçando-os a buscar outras possibilidades no Novo Mundo. Concomitantemente, os conflitos religiosos que tomaram conta da Inglaterra após a reforma anglicana também motivaram a imigração dos puritanos ingleses para a América.

No ano de 1620, o navio Mayflower saiu da Inglaterra com um grupo de artesãos, pequenos burgueses, comerciantes, camponeses e pequenos proprietários interessados em habitar uma terra onde poderiam prosperar e praticar o protestantismo livremente. Chegando à América do Norte naquele mesmo ano, os colonos fundaram a colônia de Plymouth – atual estado de Massachusetts – que logo se transformou em ponto original da chamada Nova Inglaterra.

Com o passar do tempo, esse processo de colonização estabelecida por meio da ação autônoma de determinados indivíduos passou a ganhar características mais diversas. Na região norte, a colonização de povoamento teve que suplantar grandes dificuldades que com a posterior consolidação de pequenas propriedades e o uso de mão de obra livre permitiram a formação de um comércio diversificado sustentado pela introdução da manufatura e o surgimento de um mercado consumidor.

Na região sul, as especificidades geográficas e climáticas propiciaram um modelo de colonização distinto. O clima subtropical, o solo fértil e as planícies cortadas por rios navegáveis consolidaram um modelo de colonização semelhante aos padrões ibéricos. Dessa forma, o sistema de plantations estabeleceu o surgimento de grandes fazendas monocultoras produtoras de tabaco, arroz, índigo e algodão. Com isso, a grande demanda por força de trabalho favoreceu a adoção da mão de obra escrava vinda da África.

Compondo um processo de ocupação tardio, a região central ficou marcada por uma economia que mesclava a produção agropecuarista com o desenvolvimento de centros comerciais manufatureiros. As primeiras colônias centrais apareceram por volta de 1681, com a fundação das colônias do Delaware e da Pensilvânia. Durante a independência das colônias, esta região teve grande importância na organização das ações que deram fim à dominação britânica.
Independência dos Estados Unidos da América (1776)

Os Estados Unidos era constituído por trezes colônias, que por sua vez era dividida em colônia do norte e colônia do sul.
Porém quando o comércio colonial começou a concorrer com o comércio metropolitano, consequentemente surgiram certos atritos que resultaram com a emancipação das treze colônias. Após a Guerra dos Sete Anos, entre a França e Inglaterra, a Inglaterra vitoriosa da guerra se apossou de grande parte do Império Colonial Francês, em especial as terras a oeste das treze colônias americanas.
O Parlamento inglês decidiu então que os colonos deveriam pagar parte dos gastos com a guerra, com o objetivo de aumentar as taxas e os direitos da Coroa sobre a América. Os fatores culturais, aliados a política repressiva dos ingleses, tiveram papel importante no processo revolucionário americano. Os colonos contestavam o direito legislativo do Parlamento inglês, e recusaram a cumprir a Lei de Aquartelamento, a qual exigia dos colonos alojamento e transporte para as tropas enviadas a colônia.
A crise estourou em 1773 com a Lei do Chá, a qual dava o monopólio do comercio do chá à Companhia das Índias Orientais. A reação foi imediata, comerciante disfarçados de índios mohankws foram ao porto de Boston, e destruíram trezentas caixas de chá tiradas do barco, episódio que ficou conhecido como a festa dos Chá de Boston.
Tal ato fez com que os ingleses promulgasse Leis Intoleráveis em 1774. Quando tais leis determinaram à convocação do Primeiro Congresso Continental de Filadélfia (não separatista), ele enviou uma petição ao Parlamento e ao rei pedindo a revogação das Leis Intoleráveis, tudo em nome da igualdade de direitos dos colonos. Já em março de 1775, um conflito em lexington resultou na morte de alguns colonos e militarmente eles passaram a organizar-se.
E com isso o rei declarou os americanos em rebeldia, e assim começa a guerra de independência. No mesmo ano reuniu-se o Segundo Congresso Continental de Filadélfia (separatista), onde se confirmou à necessidade de organiza-se militarmente como meio de garantir os direitos dos colonos, confirmou G. Washington no comando das tropas e deu a Thomas Jefferson a liderança de uma comissão encarregada de redigir a Declaração de Independência. Após o conflito dos colonos americanos e frances contra os ingles, no dia 4 de julhoe de 1776 os EUA se declarou independente.
Não só porque formalizou a independência das primeiras colônias na América a Declaração de independência, como também teve um grande significado político, dando origem a primeira nação livre do continente. Mas por trás de sua invergadura o ideal de liberdade , a idéia de soberania popular e o direito individual, representando uma sinopse da mentalidade democrática e liberal da época. A manutenção da escravidão no país foi determinada pela pressão dos grandes proprientarios rurais, os quais foram importantes aliados na Guerra de Independência.